Emocionei-me com a história de
Romarinho em Currais Novos, impossível não lembrar o meu pai e tantas crianças
e adolescentes como Romarinho, os quais defendia com unhas e dentes e amava
incondicionalmente. Presenciei muitas vezes a rejeição e críticas que sofria
por proteger tais “marginais”. De fato, é muito fácil jogar pedras, fechar os
olhos e marginalizar tais “menores”, simplesmente continuar indo a missa ou
culto e ter a consciência limpa, pois já paga todos os impostos e cabe ao
Estado responder por tais menores. Pior, muitos destes opinam que se trata de
vagabundos, delinquentes que merecem apanhar da polícia para aprender a lição,
receber o maior rigor possível da lei devendo permanecer presos e não sair mais
ou até mesmo serem logo executados para não gerar um alto custo para o Estado,
afinal nós pagamos a conta. Pois bem, isso só mostra o quanto nossa sociedade é
hipócrita, só pensamos em acumular riquezas materiais e viver uma vida escrava
dos prazeres mundanos. Porém, pessoas como Joelma e Albanita nos mostram que
ainda é possível acreditar no ser humano, pessoas com poucos recursos
materiais, mas com infinitos recursos espirituais, especialmente o amor, o
genuíno amor ao próximo como ensinado por Jesus Cristo na sua essência e
natureza primordial, uma arma capaz de destruir qualquer barreira por mais intransponível
que seja. Esse é o verdadeiro sentido da fé cristã.
Assim como Romarinho existem
tantos outros garotos em situação completamente precária de total abandono sem
qualquer valor ético, moral e religioso em suas vidas, sem a concepção de
família e afeto, nem ao menos sabem que precisam de socorro. Só basta um olhar
com olhos cristãos para perceber que estão a mÍngua enterrados em um buraco
fundo e escuro com as mãos levantadas pedindo ajuda.
Que a atitude dessa família
sirva de exemplo para que as pessoas tenham outra forma de olhar e sentir o que
está ao seu redor.
25/08/2015
Jorge Augusto Galvão Guimarães
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