terça-feira, 25 de agosto de 2015

ROMARINHO


Emocionei-me com a história de Romarinho em Currais Novos, impossível não lembrar o meu pai e tantas crianças e adolescentes como Romarinho, os quais defendia com unhas e dentes e amava incondicionalmente. Presenciei muitas vezes a rejeição e críticas que sofria por proteger tais “marginais”. De fato, é muito fácil jogar pedras, fechar os olhos e marginalizar tais “menores”, simplesmente continuar indo a missa ou culto e ter a consciência limpa, pois já paga todos os impostos e cabe ao Estado responder por tais menores. Pior, muitos destes opinam que se trata de vagabundos, delinquentes que merecem apanhar da polícia para aprender a lição, receber o maior rigor possível da lei devendo permanecer presos e não sair mais ou até mesmo serem logo executados para não gerar um alto custo para o Estado, afinal nós pagamos a conta. Pois bem, isso só mostra o quanto nossa sociedade é hipócrita, só pensamos em acumular riquezas materiais e viver uma vida escrava dos prazeres mundanos. Porém, pessoas como Joelma e Albanita nos mostram que ainda é possível acreditar no ser humano, pessoas com poucos recursos materiais, mas com infinitos recursos espirituais, especialmente o amor, o genuíno amor ao próximo como ensinado por Jesus Cristo na sua essência e natureza primordial, uma arma capaz de destruir qualquer barreira por mais intransponível que seja. Esse é o verdadeiro sentido da fé cristã.

Assim como Romarinho existem tantos outros garotos em situação completamente precária de total abandono sem qualquer valor ético, moral e religioso em suas vidas, sem a concepção de família e afeto, nem ao menos sabem que precisam de socorro. Só basta um olhar com olhos cristãos para perceber que estão a mÍngua enterrados em um buraco fundo e escuro com as mãos levantadas pedindo ajuda.

Que a atitude dessa família sirva de exemplo para que as pessoas tenham outra forma de olhar e sentir o que está ao seu redor.     

25/08/2015

Jorge Augusto Galvão Guimarães


Nenhum comentário:

Postar um comentário