Não é fácil entender, os jovens
brasileiros sempre foram criticados por serem muito passivos e submissos frente
às atrocidades políticas e sociais existentes no País, entretanto quando tomam
atitude e vão para rua protestar são taxados de baderneiros, bandidos,
vagabundos e pilantras, quando uma pequena minoria está fazendo uso da
violência e vandalismo, estes realmente são merecedores dos referidos
adjetivos.
Que esta copa seja o marco de
transição da mudança na consciência política do Povo Brasileiro que deixou de
ser submisso e passou a acreditar que pode fazer a diferença para mudança do
panorama político deste País. Que isso represente apenas a pequena ponta de um
enorme iceberg, pois não podemos mais engolir tantos escândalos, corrupção,
falta de serviços essênciais garantidos pela Constituição, quando em contra
partida somos expostos a uma carga tributária medieval e um Estado Social
precário, calcado em um modelo assistencialista que criou uma máquina eleitoral
praticamente indestrutível.
Não é demais lembrar que muitos
dos governantes do PT e partidos de Esquerda que hoje estão no topo da pirâmide
do Poder usaram de métodos bem mais radicais em tempos de Ditadura Militar, o
que não se justifica é em tempos de Democracia usar da mesma filosofia
maquiavélica visando atingir seus objetivos para alcançar e se perpetuar no
poder, como foi feito no mensalão, por exemplo, para obter a governabilidade
tão desejada já que tinham minoria no Congresso Nacional, bem diferente do quadro
atual, onde só existem alguns gatos pingados fazendo oposição.
Porém o problema não é o PT nem tão pouco os políticos, seja de esquerda ou direita, afinal desde a época dos partidos Liberal e Conservador parece que nada mudou para a sábia frase “farinha do mesmo saco”. O problema somos nós que aceitamos tudo isso e achamos graça a cada notícia que assistimos pela televisão.
Se as coisas não acontecem por
vontade política que aconteçam por pressão do povo.
"A ação é uma grande
restauradora e construtora da confiança. A inatividade não só é o resultado,
mas a causa do medo. Talvez a ação que você tome tenha êxito; talvez uma ação
diferente ou ajustes terão de ser feitos. Mas qualquer ação é melhor que
nenhuma."
( Norman Vincent Peale )
( Norman Vincent Peale )